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Inteligência Artificial é assunto na Conferência Mundial de Internet Por Henrique Pufal em 04/12/2017 11:50
Está ocorrendo desde ontem na cidade de Whuzen na China, a 4ª edição da Conferência Mundial sobre Internet, que reúne os executivos-chefes das maiores empresas de tecnologia do mundo, como Apple, Google e Alibaba.
Uma das maiores ironias sobre este evento é que ele está acontecendo na China, justamente num momento em que o país aumenta a censura sobre a rede. Nos últimos meses, o WhatsApp foi bloqueado no país. Já os serviços de VPN que permitem furar a censura chinesa estão sob a mira das autoridades locais. A Apple, por exemplo, retirou de sua loja de aplicativos na China tanto programas que ajudavam os usuários a usar VPN como outros proibidos pelo governo local, como o Skype.
A presença de Sundar Pichai, executivo-chefe do Google na conferência chamou especial atenção, já que os serviços do Google seguem bloqueados na China.
E um dos temas discutidos ontem pelos executivos na abertura do evento foi a Inteligência Artificial, seu uso na Internet e o potencial de se tornar um revolução econômica e social. Aquilo que sempre foi um tema de ficção científica, finalmente está se tornando realidade, graças aos sistema computacionais cada vez mais poderosos.
Os CEOs e os gurus da tecnologia global além de destacarem as imensas possibilidades que se abrem com a inteligência artificial, alertaram sobre importantes riscos para a segurança e a privacidade, pedindo uma maior cooperação internacional.
Algumas declarações interessantes:
Tim Cook, executivo-chefe da Apple: "Nunca antes o futuro tinha oferecido tantas possibilidades com tecnologias que podem mudar o mundo. É imprescindível "inserir" humanidade nos futuros avanços para garantir que eles tenham efeitos positivos. Não me preocupa que as máquinas pensem como as pessoas. Me preocupo que haja pessoas que pensam como máquinas"
Jack Ma, fundador do Alibaba, ressaltou essa "nova revolução" que inovará "cada aspecto de nossas vidas". "A rede industrial global experimentará mudanças profundas, com as máquinas assumindo a maioria dos trabalhos repetitivos, com a criação de mais empregos criativos", afirmou.
Sundar Pichai, executivo-chefe do Google, acredita que há uma "grande revolução em andamento". Por isso, ele destacou a importância da formação digital contínua dos profissionais. "A automatização e a inteligência artificial vão mudar a natureza do emprego",
Chuck Robbins, executivo-chefe da Cisco Systems, a maior fabricante mundial de tecnologia de redes, diz que será preciso uma "nova era de cooperação internacional" devido à complexidade dos avanços que estão sendo desenvolvidos.
Mas as oportunidades virão acompanhadas de perigos para a segurança e a privacidade. O ex-primeiro-ministro da França Dominique de Villepin alertou que será preciso criar novas normas de regulação do ciberespaço, um "local de risco", segundo ele.
O russo Yevgeny Kaspersky, fundador da Kaspersky Lab, descreveu um panorama que pode ser "aterrorizante" por causa de cibercriminosos altamente preparados, o que também requer, nesse sentido, uma maior cooperação internacional dos países.
Ou seja, como dizia o tio do Homem-Aranha, “Com grandes poderes vêm grandes responsabilidades”.
Sinosnet completa 19 anos e segue mirando no futuro Por Henrique Pufal em 16/11/2017 09:30
Nas últimas 2 décadas a Internet se popularizou, se tornou parte da vida das pessoas, criou e destruiu impérios. Mas o Sinosnet acompanhou todo esse processo e segue sendo uma referência em soluções de Internet no Vale do Sinos.
O Sinosnet foi fundado nos primórdios da Internet brasileira, no ano de 1998, quando poucas pessoas tinham acesso à tecnologia. Na época, a operação começou com a tecnologia de internet discada, com uma capacidade de 60 linhas telefônicas que transmitiam no máximo 64 kbps cada linha. Depois disso o crescimento foi constante,
Na segunda metade da década de 2000, o Sinosnet deu o seu primeiro grande salto tecnológico, migrando da tecnologia de internet discada para a transmissão via rádio. A tecnologia rádio é confiável e seguirá sendo utilizada em várias situações. Porém, em função de limitações técnicas como interferências e pelo aumento da demanda de usuários, surgiu a necessidade de partir para uma tecnologia capaz de garantir a operação da empresa no futuro com estabilidade e escalabilidade.
De acordo com Henrique Pufal, Diretor do Sinosnet, “O Sinosnet acaba de dar o seu 2º grande salto tecnológico. No ano de 2017 colocamos em operação uma moderna rede de transmissão via fibra óptica, que já conta mais de mais de 50Km de fibra instalada na região, entregando serviços com o que há de mais moderno em tecnologia de transmissão e distribuição de sinal de internet, tanto para clientes corporativos, quanto clientes residenciais. O que estamos fazendo agora com a implantação da rede de fibra é preparar o Sinosnet para enfrentar a demanda futura tanto em termos de capacidade de transmissão, quanto de novos serviços que utilizarão a infraestrutura de Internet que utilizamos nas nossas casas e empresas.”
Um dos exemplo de aplicações que exigem uma transmissão de alta velocidade são os chamados serviços de “streaming”, que transmitem vídeo em alta definição pela internet. Com a popularização destas plataformas e a capilarização de redes de internet de alta velocidade, estima-se que serviços como Netflix e YouTube já utilizem mais 50% da capacidade de transmissão da Internet no horário de maior tráfego, que corresponde das 20h às 23h.
Nas empresas, as aplicações que mais exigem capacidade de transmissão são os chamados “Serviços em Nuvem”, que são servidores, bancos de dados e armazenamento de arquivos que são utilizados diariamente pelas empresas e não estão fisicamente instalados dentro delas.
“Lançamos o serviço de Internet via Fibra em Novo Hamburgo no mês de Junho e foi um sucesso. As primeiras áreas de cobertura, um grupo de bairros num eixo central da cidade, receberam muito bem a nova tecnologia. Ainda em 2017 faremos a ampliação da área de cobertura, disponibilizando os serviços para mais clientes residenciais e corporativos da cidade. Para 2018, o plano é atender outras cidades da região.”, afirma Samuel Hartmann, Gerente Técnico do Sinosnet.
“O nosso objetivo é entregar serviços com qualidade para as casas, condomínios e empresas, de conexão ágil e estável. Tudo isso por meio de uma oferta atrativa que leva em conta a realidade econômica das pessoas e empresas. Um diferencial marcante do Sinosnet é o atendimento. Somos o provedor do bairro, da cidade e da região. Gostamos de ouvir os nossos clientes, colocar em prática as sugestões e resolver as suas reclamações”, destaca Rafael Schaab, Gerente Comercial do Sinonet.
“Nosso principal objetivo é que o uso da Internet pelos nossos clientes seja uma experiência agradável e prazerosa”, ressalta Pufal.
Não Esqueçam da Neutralidade de Rede Por Henrique Pufal em 06/11/2017 09:30
Em 2014, durante a discussão do Projeto de Lei Nº 12.965, o chamado Marco Civil da Internet, um dos temas mais controversos foi a chamada “Neutralidade de Rede”.
Para quem não é familiar com o tema, a Neutralidade de Rede na Internet define que o provedor de acesso de Internet não pode priorizar o tráfego de nenhum tipo de pacote de qualquer aplicação, muito menos cobrar um valor diferenciado para quem utiliza determinadas aplicações que exigem maior banda ou menor latência. Ou seja, para o provedor de acesso todos os pacotes de dados devem ser tratados de forma igual, independente do que carregam.
De um lado estavam as grandes empresas de Telecomunicações, buscando agregar valor (e receita) ao serviço de acesso à Internet. Serviço este que cada vez se torna mais commodity, com a competição e a entrada de novos players no mercado, como os provedores locais que utilizam tecnologias de fibra óptica na última milha.
Do outro lado, as plataformas de distribuição de conteúdo e os consumidores, buscando estabelecer um ambiente favorável ao surgimento de inovações, novas aplicações e novos negócios. Ainda mais naquele momento em que o tráfego de vídeo online começava a se popularizar.
No fim das contas, a Neutralidade de Rede foi aprovada no Brasil e o artigo 9º da Lei estabeleceu uma regra clara para o mercado:
“O responsável pela transmissão, comutação ou roteamento tem o dever de tratar de forma isonômica quaisquer pacotes de dados, sem distinção por conteúdo, origem e destino, serviço, terminal ou aplicação.”
Obviamente, as pressões ainda são enormes e corremos o risco de que esta Lei seja alterada pelos nobres deputados para atendimento de algum interesse.
Mas na prática, o que aconteceria se não houvesse mais a Neutralidade de Rede?
Provavelmente aconteceria o que que está acontecendo em Portugal, onde não existe nenhuma lei estabelecendo a Neutralidade de Rede. A operadora Portugal Telecom criou 5 pacotes diferentes de aplicações, para que o usuário customize o seu perfil de tráfego:
Você gostaria de se preocupar se o seu pacote de Internet atende todas as aplicações que você quer utilizar?
tendências para o futuro do cenário digital Por Henrique Pufal em 30/10/2017 10:56
(Comentário no programa ABC News da Radio ABC, no dia 30/10/17)
Já falamos diversas vezes o quanto a tecnologia e a internet mudaram o comportamento e a cultura das pessoas. As novas tecnologias estão chegando de forma mais rápida do que a maioria das pessoas e empresas consegue acompanhar. Nas empresas, o desafio é ainda maior porque antes mesmo de adotarmos alguma inovação, outras duas surgem.
Empresas de tecnologia que existiam há 5 anos, praticamente sumiram do mercado. Por exemplo a Blackberry e a Nokia. Por outro lado, empresas de sucesso hoje estavam recém engatinhando há 5 anos, como o Waze, que foi comprada pelo Google em 2013.
Temos que nos acostumar com este mundo novo onde as coisas mudam o tempo todo. Um mundo onde nós, profissionais, precisamos estar atualizados, um mundo onde nossas empresas estão constantemente tendo que se modernizar para lidar com a competição ou com os novos hábitos de consumo das pessoas. Um mundo onde vamos criar os nossos filhos e queremos que seja melhor.
Na última semana o Gartner, uma das maiores empresas do mundo em consultoria de tecnologia e que é especializada em previsões para o futuro, divulgou uma lista com algumas tendências de tecnologia para os próximos 5 anos.
Seguem algumas destas previsões:
- Até 2020, as tecnologias de Internet das Coisas (IoT) estará em 95% dos eletrônicos
A combinação de gerenciamento de smartphones, computação em nuvem e chips baratos oferece oferece a possibilidade de incluir monitoramento, gerenciamento e controle sofisticados com um custo adicional mínimo nos dispositivos-chave. O interesse e a demanda por produtos habilitados para IoT crescerão rapidamente como bola de neve.
- Em 2021, as marcas pioneiras que redesenharem seus sites para suportar pesquisas visuais e de voz aumentarão as receitas de comércio digital em 30%
Os assistentes pessoais, sejam no smartphone, como em dispositivos para as casas já são uma realidade e funcionam cada vez melhor. As consultas baseadas em pesquisa de voz e visual melhoram a compreensão dos interesses e intenções dos consumidores pelos comerciantes. A previsão é que a demanda dos consumidores de dispositivos de voz – incorporada por produtos como Amazon Echo e Google Home – deverá gerar US$ 3,5 bilhões até 2021. As marcas que souberem lidar com esse mercado vão se diferenciar.
- Até 2020, cinco dos sete principais gigantes digitais irão se "autodestruir" intencionalmente para criar suas próximas oportunidades de liderança
Já conversamos sobre o poder das grandes empresas de Internet e a concentração que o mercado criou na mão destas empresas. Empresas com Amazon, Google, Facebook dominam setores inteiros, mas acabam tendo dificuldade de lançar coisas novas, porque suas influências tenham crescido tanto que é difícil criar novos cenários de valor. Em uma estratégia de autointerrupção, a mudança surge como intenção proposital de chegar primeiro, mesmo que seja necessário destruir-se. Embora isso possa ser arriscado, o risco de estagnação pode ser ainda maior.
- Até 2022, a maioria das pessoas em economias maduras consumirá mais informações falsas do que verdadeiras
"Fake News" (notícias falsas) tornaram-se um grande tema político e de mídia mundial em 2017. Para as organizações, essa aceleração do conteúdo em um discurso dominado por mídias sociais apresenta um problema real. As empresas precisam não apenas monitorar de perto o que está sendo dito sobre suas marcas diretamente, mas também em quais contextos, para garantir que elas não estejam associadas a conteúdos prejudiciais ao valor de sua marca.
Se vocês tiverem interesse em ler mais sobre o assunto, segue o link com a matéria completa que fala também de outras tendências como criptomoedas, realidade virtual e inteligência artificial.
Falha de segurança no Wi-Fi deixa as redes vulneráveis, mas não criemos pânico. Por Henrique Pufal em 23/10/2017 10:41
(Comentário no programa ABC News da Radio ABC, no dia 23/10/17)
Há cerca de 1 semana, um especialista em segurança de uma Universidade da Bélgica divulgou uma falha em um protocolo de segurança usado em praticamente todas as redes Wi-Fi do mundo. De acordo com este especialista a vulnerabilidade está no próprio padrão Wi-Fi, ou seja é independente do sistema operacional e do dispositivo.
E é justamente isto que mais preocupa, pois tem um potencial de impacto global em tipo de rede utilizada em larga escala.
Este ataque se baseia na reinstalação de uma chave de criptografia do protocolo de segurança WPA. Este tipo de potencial ataque vem sendo chamado de KRACK.
As chaves de criptografia são o que permitem que a comunicação seja “embaralhada” na origem e “desembaralhada” no destino e parte de premissa de que apenas origem e destino conhecem a chave correta. No momento em que alguém consegue interceptar essa chave, ou mesmo gerar essa chave, os dados trafegados na rede se tornam vulneráveis. Isso pode ser usado para roubar informações sensíveis como números de cartões de crédito, senhas, mensagens trocadas, e-mails, fotos e outros dados
Mas antes de entrar em pânico é importante entender algumas particularidades deste risco sobre as redes WiFi:
- Para realizar o ataque, o hacker precisa estar próximo do alvo, já que o Wi-Fi tem cobertura limitada.
- Existem camadas adicionais de segurança na internet. A grande maioria de sites de bancos e lojas virtuais utilizam um tipo de site seguro, que normalmente identificamos como o “https”, que torna a comunicação imune a esta falha do WiFi. O próprio Whatsapp se utiliza de uma criptografia fim-a-fim na sua comunicação. E assim vários outros aplicativos e sites contam com esta segurança adicional.
Em comunicado, a Wi-Fi Alliance que é a entidade que reúne todos os fabricantes de dispositivos com WiFI e define as regras, padrões e protocolos desta tecnologia afirma que a vulnerabilidade pode ser resolvida pela atualização de softwares, e vários fabricantes já começaram a enviar atualizações para os usuários. Além disso, novos dispositivos já vão ser testados para essa vulnerabilidade e só serão certificados se passarem no teste. Além disso, a organização afirma que não existe evidência que a vulnerabilidade foi explorada de forma maliciosa.
Por fim, ficam as recomendações:
- Ficar atento a atualizações de sistemas operacionais de computadores e dispositivos
- Sempre utilizar sites confiáveis e seguros para realizar operações de compras ou transferência de informações sensíveis.