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Blog Setembro/2018

O que a Apple quer com o Shazam? Por Henrique Pufal em 25/09/2018 11:09

Na última segunda-feira, dia 24, a Apple anunciou que finalizou a compra do aplicativo Shazam por cerca de 400 milhões de dólares.

Para quem nunca ouviu falar do Shazam, ele é um aplicativo de identificação de músicas. Ou seja, está tocando uma música que você não conhece no rádio ou na TV e este aplicativo em poucos segundos consegue identificar com exatidão qual é a música e o intérprete.

Essa empresa existe desde 1999, antes mesmo da era dos aplicativos rodando nos smartphones. Ela foi fundada por estudantes universitários norte-americanos especializados em processamento digital de sinais de áudio.

O funcionamento inicial era bastante arcaico pros dias de hoje, mas em 2002 as pessoas ligavam de um celular para um número telefônico, transmitiam a música por 30s e em seguida “Shazam” recebiam a identificação da música por SMS.

O primeiro aplicativo foi lançado em Julho de 2008 para iPhone e Outubro do mesmo ano para Android. Ou seja, estamos falando de um aplicativo com 10 anos de idade. Neste período, o Shazam já teve mais de 1 bilhão de downloads ao redor do mundo e identifica mais de 20 milhões de músicas por dia.

O funcionamento é relativamente simples: o usuário grava um trecho da música com o microfone do smartphone, o aplicativo converte esta gravação em uma espécie de “impressão digital” da música e compara com um gigantesco banco de dados com mais de 11 milhões de músicas. Porém existe toda uma complexidade e matemática bem avançada nesta conversão do áudio em impressão digital. E é isso que faz a diferença.

Mas por que a Apple resolveu comprar este aplicativo que já está rodando há 10 anos?

Até então, o Shazam após identificar uma música disponibiliza uma série de opções, como integração para ouvir a música completa no Spotify, assistir o clip no YouTube, link para comprar a música na Amazon, etc.

A estratégia da Apple está migrando da venda de produtos para a venda de serviços. Em função disso, quer fomentar o seu serviço de streaming de música, o Apple Music, com uma base de 810 milhões de usuários do Shazam.

Resta ver apenas se o aplicativo não vai deixar os seus usuários reféns dos serviços da Apple, restringindo as integrações com Spotify e Youtube, por exemplo. Se isso acontecer, certamente os milhões de usuários de Android e Spotify terão que encontrar um outro aplicativo para identificar as músicas que ouvem fora dos seus fones de ouvido.


12º Seminário de Telecomunicações Fiergs Por Henrique Pufal em 18/09/2018 11:53

Ocorreu na última quinta-feira o 12º Seminário de Telecomunicações, evento organizado pela Fiergs, que reuniu representantes da indústria, das empresas de serviços, acadêmicos e profissionais do setor de TI e Telecomunicações.

O tema deste ano foi “Oportunidades e desafios de um mercado em transformação na era Digital” e contou com uma série de apresentações interessantes sobre tema e inclusive tivemos a oportunidade de fazer uma apresentação também, representando o Sinosnet e a InternetSul, a associação das empresas de internet do RS e SC.

O evento abriu com a participação do presidente da Fiergs, Gilberto Petry, que destacou a importância de acompanhar a evolução da tecnologia no segmento industrial, para que ele continue sendo competitivo neste mercado globalizado.

Uma das palestras contou com o gerente de outorgas da Anatel que trouxe dados sobre o setor de telecom no Brasil, algumas informações interessantes sobre as regras de licenciamento de antenas e estações radio-base de redes celulares. Ele lembrou que alguns dos principais desafios neste novo cenário são a racionalização da carga tributária em telecomunicações e a viabilização da Internet das Coisas.

Já o Futuro do mercado de Trabalho foi debatido pelo superintendente de inovação do Centro de Tecnologia da PUCRS, Jorge Audy; e pelo diretor de inovação e tecnologia da Unisinos, Luis Felipe Maldaner. O representante da PUCRS ressaltou que o futuro do mercado de tecnologia no Brasil passa necessariamente por uma grande reforma educacional desde a base, com ensino qualificado de matérias como física e matemática e por uma valorização do ensino superior. Ele declarou que “O futuro do trabalho é tecnológico, mas apenas 15% da população está nas universidades”. E isso é muito preocupante.

Para Maldaner, da Unisinos, os profissionais e as empresas não precisam apenas se adaptar aos novos tempos no mundo do trabalho, mas também ao perfil do novo consumidor, que não tem mais tanto interesse em aquisições de bens duráveis e consumo imediato. “Há uma diferença entre consumir e possuir. Isso vai mudar o modelo organizacional nas indústrias e nas empresas”. E nessa linha, vão os exemplos de Uber, de AirBnB e Netflix.

Por fim, a nossa palestra falou sobre as tendências de tráfego na internet, com o crescimento de tráfego de streaming e Internet das Coisas, assunto que já discutimos neste espaço. O desafio para os provedores regionais é continuar crescendo a rede, tanto em capilaridade, quando na adição de novos serviços.

E tudo isso sem perder a qualidade e o atendimento diferenciado, que é o que nos torna relevantes neste mercado cheio de competição.


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