(Comentário no programa ABC News da Radio ABC, no dia 30/10/17)
Já falamos diversas vezes o quanto a tecnologia e a internet mudaram o comportamento e a cultura das pessoas. As novas tecnologias estão chegando de forma mais rápida do que a maioria das pessoas e empresas consegue acompanhar. Nas empresas, o desafio é ainda maior porque antes mesmo de adotarmos alguma inovação, outras duas surgem.
Empresas de tecnologia que existiam há 5 anos, praticamente sumiram do mercado. Por exemplo a Blackberry e a Nokia. Por outro lado, empresas de sucesso hoje estavam recém engatinhando há 5 anos, como o Waze, que foi comprada pelo Google em 2013.
Temos que nos acostumar com este mundo novo onde as coisas mudam o tempo todo. Um mundo onde nós, profissionais, precisamos estar atualizados, um mundo onde nossas empresas estão constantemente tendo que se modernizar para lidar com a competição ou com os novos hábitos de consumo das pessoas. Um mundo onde vamos criar os nossos filhos e queremos que seja melhor.
Na última semana o Gartner, uma das maiores empresas do mundo em consultoria de tecnologia e que é especializada em previsões para o futuro, divulgou uma lista com algumas tendências de tecnologia para os próximos 5 anos.
Seguem algumas destas previsões:
- Até 2020, as tecnologias de Internet das Coisas (IoT) estará em 95% dos eletrônicos
A combinação de gerenciamento de smartphones, computação em nuvem e chips baratos oferece oferece a possibilidade de incluir monitoramento, gerenciamento e controle sofisticados com um custo adicional mínimo nos dispositivos-chave. O interesse e a demanda por produtos habilitados para IoT crescerão rapidamente como bola de neve.
- Em 2021, as marcas pioneiras que redesenharem seus sites para suportar pesquisas visuais e de voz aumentarão as receitas de comércio digital em 30%
Os assistentes pessoais, sejam no smartphone, como em dispositivos para as casas já são uma realidade e funcionam cada vez melhor. As consultas baseadas em pesquisa de voz e visual melhoram a compreensão dos interesses e intenções dos consumidores pelos comerciantes. A previsão é que a demanda dos consumidores de dispositivos de voz – incorporada por produtos como Amazon Echo e Google Home – deverá gerar US$ 3,5 bilhões até 2021. As marcas que souberem lidar com esse mercado vão se diferenciar.
- Até 2020, cinco dos sete principais gigantes digitais irão se "autodestruir" intencionalmente para criar suas próximas oportunidades de liderança
Já conversamos sobre o poder das grandes empresas de Internet e a concentração que o mercado criou na mão destas empresas. Empresas com Amazon, Google, Facebook dominam setores inteiros, mas acabam tendo dificuldade de lançar coisas novas, porque suas influências tenham crescido tanto que é difícil criar novos cenários de valor. Em uma estratégia de autointerrupção, a mudança surge como intenção proposital de chegar primeiro, mesmo que seja necessário destruir-se. Embora isso possa ser arriscado, o risco de estagnação pode ser ainda maior.
- Até 2022, a maioria das pessoas em economias maduras consumirá mais informações falsas do que verdadeiras
"Fake News" (notícias falsas) tornaram-se um grande tema político e de mídia mundial em 2017. Para as organizações, essa aceleração do conteúdo em um discurso dominado por mídias sociais apresenta um problema real. As empresas precisam não apenas monitorar de perto o que está sendo dito sobre suas marcas diretamente, mas também em quais contextos, para garantir que elas não estejam associadas a conteúdos prejudiciais ao valor de sua marca.
Se vocês tiverem interesse em ler mais sobre o assunto, segue o link com a matéria completa que fala também de outras tendências como criptomoedas, realidade virtual e inteligência artificial.