Artigo publicado na Coluna Opinião do Jornal NH no dia 23/08/18
O segmento da música foi um dos mais impactados pela Internet, em função da facilidade de digitalização e compartilhamento de arquivos. A pirataria fez o faturamento do mercado global encolher cerca de 40% entre os anos de 1999 e 2014.
Porém depois de 15 anos de declínio, a partir de 2015 este mercado voltou a crescer graças aos aplicativos de streaming de música. Em 2017, pela primeira vez na história, o faturamento dos serviços de streaming superou o de vendas de cópias físicas de músicas.
O líder deste mercado é o Spotify, empresa sueca com cerca de 180 milhões de usuários, sendo que 83 milhões são assinantes mensais do serviço, o que corresponde a 46% da base. O grande diferencial é a curadoria baseada em inteligência artificial que sugere novas músicas e artistas para os usuários, em função nos seus hábitos e comportamentos anteriores.
O mais forte concorrente é o Apple Music, que conta com a vantagem de estar instalado em todos os dispositivos da gigante Apple. Graças a isto, ele vem crescendo de forma muito rápida e já possui mais de 40 milhões de assinantes.
Mas outros gigantes estão de olho neste segmento. Na última semana a Amazon, a maior empresa de varejo on-line do mundo, anunciou que vai apostar alto na música. O principal motivo é que a música é uma das solicitações mais comuns recebidas pela Alexa, a assistente virtual da empresa, e o tempo de audição dobrou nos últimos 12 meses.
Apesar do impacto da Internet ter sido enorme, a música segue sendo uma companheira para todas as horas, seja no trabalho, no trânsito ou nos momentos de lazer.
E graças à Internet, os fãs de música deixaram para trás uma era de posse de uma quantidade limitada de discos e CD´s para o acesso a um universo praticamente ilimitado de músicas, artistas e estilos musicais de qualquer lugar do mundo.
Artigo publicado na Coluna Opinião do Jornal NH no dia 16/08/18
Os números do setor de telecomunicações no Brasil revelam o quanto a Internet se tornou o serviço mais importante deste mercado.
Telefonia fixa e televisão por assinatura apresentam queda no número de assinantes. O telefone fixo é cada vez mais dispensável em função do smartphone e das suas várias formas de comunicação. A TV por assinatura briga com a audiência de YouTube, Netflix, Facebook e também perde clientes.
Do outro lado, a base de clientes de Internet Banda Larga fixa cresceu cerca de 5% no primeiro semestre de 2018. Foram 1 milhão e 400 mil novos assinantes. E aproximadamente 1 milhão destes novos assinantes vieram dos provedores de Internet, com o Sinosnet, que este ano completa 20 anos de atuação. Os clientes descobriram que podem contar com empresas da sua região, tendo atendimento diferenciado e serviços de qualidade.
As grandes operadoras de telefonia continuam dominantes. Mas os provedores começaram a diminuir esta concentração investindo em tecnologia. E a principal tecnologia neste cenário é a fibra óptica. Enquanto as operadoras entregam o serviço de Internet banda larga através de cabos metálicos da sua antiga rede de telefonia ou de TV, sujeitos a interferências e limitações de velocidade, os provedores estão investindo em redes de fibra, muito mais estável e com maiores velocidades.
O acesso de banda larga via fibra cresceu 75% no último ano, chegando a mais de 4 milhões de clientes. Estamos vivenciando esta mudança no dia a dia do Sinosnet. Já são mais de 50 Km de rede de fibra óptica em Novo Hamburgo e centenas de clientes com planos de até 100 Mbps de velocidade. E esta rede está projetada para o crescimento nos próximos anos.
Esse é o nosso principal desafio como provedor. Estar próximo dos nossos clientes, buscar o que há de melhor em tecnologia e entregar Internet.
É isso que está no nosso DNA há 20 anos.
O Whatsapp é o aplicativo de troca de mensagens mais popular do Brasil e um dos mais populares do mundo. A facilidade para conversar, enviar fotos, vídeos e áudio rapidamente conquistou milhões de usuários.
Hoje a plataforma conta com mais de 1 Bilhão e Meio de usuários ativos mensais ao redor do mundo, com um total de 60 bilhões de mensagens enviadas por dia.
Quando em 2014 o Whatsapp tinha cerca de 1 terço desses números, o Facebook resolveu comprar a plataforma por 22 Bilhões de dólares, uma das maiores aquisições do mercado de internet.
Antes mesmo da base de usuários triplicar, o grande questionamento que existia era “onde o Facebook vai recuperar este investimento já que o aplicativo era gratuito?”.
Pois depois de 4 anos de crescimento, o Facebook está fazendo os primeiros movimentos na direção de monetizar o Whatsapp, ou seja gerar receita com o aplicativo.
No final do ano passado já havia anunciado o Whatsapp Business, um app voltado para a comunicação de pequenos e médios negócios com os seus clientes.
Na última semana, anunciou 3 novas ferramentas para a comunicação com clientes:
A primeira delas, e talvez a forma com maior potencial de gerar receita, é a possibilidade de incluir em anúncios do Facebook um botão de “clicar para conversar” via Whatsapp. Os anunciantes poderão responder aos potenciais clientes gratuitamente, desde que a resposta seja dentro das primeiras 24 horas. Após este período a resposta tem um custo para o anunciante.
Outra forma de comunicação com clientes é uma nova plataforma de Atendimento ao Cliente, em que as empresas podem fornecer suporte em tempo real pelo Whatsapp para responder a perguntas sobre seus produtos e serviços ou ajudar o cliente a resolver algum problema.
E, por fim, uma nova forma mais estruturada para enviar informações úteis para clientes que autorizarem, como cartões de embarque, ingressos, ofertas do dia, etc.
Na verdade, estas formas de comunicação entre empresas e clientes já existem hoje, mas de uma maneira pouco organizada, em que normalmente uma pessoa da empresa fica com a responsabilidade de responder as mensagens num smartphone ou computador, sem nenhuma integração com os sistemas de gestão da empresa, ou geração de indicadores.
Estas novas facilidades do Whatsapp permitem que os negócios estruturem novos canais de contato com os seus clientes, agilizando e automatizando a operação. E se isso trouxer mais vendas, mais negócios ou mais fidelização com clientes, certamente as empresas estarão dispostas a pagar por isso.
Pelo lado do cliente, o Whasapp seguirá sendo um aplicativo gratuito e o usuário terá total controle sobre as mensagens recebidas. Além disso as mensagens são criptografadas e o usuário pode bloquear qualquer remetente com um simples toque em um botão.
Resta ver até que ponto as empresas saberão usar estas novas ferramentas com eficiência e moderação, melhorando a relação com os clientes e enviando mensagens bem selecionadas, sem sobrecarregar usuários com mensagens desnecessárias e sem correr o risco de serem bloqueadas pelos seus clientes.