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YouTube Melhora a Qualidade Por Henrique Pufal em 14/04/2015 17:05

Conforme falamos no nosso último post, o tráfego de Internet está cada vez mais baseado em transmissões de vídeos, com tendência de continuar crescendo. Nos horários de pico, apenas Netflix e Youtube já correspondem a metade do tráfego da rede nos Estados Unidos.

Para garantir a melhor experiência de navegação para os usuários existem 2 alternativas: Ou ampliamos a capacidade das conexões de rede, ou comprimimos o que é trafegado.

No caso de vídeos, o algoritmo responsável pela compressão é o chamado Codec de Vídeo. Este algoritmo transforma o vídeo do seu tamanho original para um formato que pode ser visualizado em algum dispositivo, sem perder qualidade de forma significativa. O codec precisa ser compatível entre quem transmite e quem assiste o conteúdo. No caso de Internet, o codec está nos navegadores, players de mídia, aplicativos dos dispositivos móveis e Smart TV´s.

Vários codecs de vídeo são utilizados na Internet e o desafio de todos é justamente equilibrar a compressão com a qualidade percebida pelo usuário. Para se ter uma ideia, uma transmissão de vídeo sem nenhum tipo de compressão em 4k (o padrão mais alto atualmente) utilizaria 18.000 Mbps, o que tornaria a transmissão completamente inviável pela Internet.

Na última semana, o Youtube anunciou dados sobre a utilização do VP9, uma tecnologia de codecs de vídeo que tem se mostrado uma das eficientes do mercado. No ano de 2014, cerca de 25 bilhões de horas de vídeo do Youtube já foram assistidos com o VP9. E a maioria destas visualizações foi feita com uma qualidade melhor, sem necessariamente consumir mais banda, já que o VP9 utiliza cerca de metade da banda necessária em codecs anteriores, como o H.264.

No Brasil, graças ao VP9, cerca de 35% das visualização de vídeos em baixa qualidade (240p) puderam ter um “upgrade” para qualidades de 360p ou superior. Em outros países com redes de banda larga mais precárias, este crescimento foi ainda maior.

Uma das grandes vantagens do VP9 é que ele possui um padrão de código aberto e livre de royalties. Ou seja, ele pode ser utilizado em mais navegadores e smartphones do lado de quem assiste, e por outros gigantes de transmissão, como o Netflix. Atualmente, o VP9 já está embutido nos navegadores Chrome e Firefox, nos smartphones Android Samsung Galaxy S6 e em SmarTVs da Sony, LG e outras. A previsão é que em 2015, cerca de 20 novos dispositivos passem a adotar a tecnologia.

Nós aqui vamos torcer para a popularização deste algoritmo e de outros que nos ajudem a entregar uma experiência agradável de utilização de Internet para os nossos clientes.


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