A consultoria Gartner, famosa por apontar tendências do mercado, divulgou esta semana a sua já conhecida curva “Hype Cicle” de tecnologias emergentes.
Basicamente, trata-se de curva que aponta quais são as tecnologias e serviços que geram mais expectativa do mercado. O objetivo é orientar as empresas de tecnologia a direcionarem seus investimentos de pesquisa, desenvolvimento e marketing nos próximos anos. Além de mostrar a tecnologia “da moda”, esta curva também aponta quais tecnologias já entraram na fase “da desilusão”, em que as expectativas não foram totalmente confirmadas.
Nos últimos anos, tecnologias como o 4G, Internet TV, Cloud Computing, Pagamentos via NFC, Impressão 3D estiveram no topo da expectativas. Algumas já se mostraram realidades de mercado e outras ainda precisam de mais tempo e desenvolvimento para se tornarem economicamente viáveis.
Assim como em 2014, a Internet das Coisas (IoT) continua no topo. É um assunto corriqueiro, em função de projeções e tendências que apontam IoT como a nova revolução da Internet, já que será capaz de estar presente ainda mais no nosso dia-a-dia, mesmo ser percebermos. Já falamos sobre isso aqui no blog.
A novidade deste ano é que a curva aponta Veículos Autônomos como uma tecnologia com forte expectativa no mercado. Apesar de ainda em fase embrionária, o fato de praticamente todos os fabricantes estarem desenvolvendo soluções chamou a atenção dos especialistas. Alguns analistas no mercado automotivo apontam que serão necessárias décadas para que esta tecnologia se torne popular, já que o segmento é uma indústria tradicional, com ciclos lentos para adoção de inovações. Um exemplo são os carros híbridos (combustível + energia elétrica), que mesmo após muitos anos, representam apenas 3% das vendas de carros novos nos Estados Unidos.
Porém, independente dos prazos de adoção das tecnologias, essa curva reforça uma tendência de que empresas de tecnologia mais valorizadas do mercado deixaram de ser as fornecedoras de solução para o mercado corporativo, como IBM, Oracle e Dell e passaram a ser as empresas que lidam com o usuário final, como Apple, Google e Facebook.
Ou seja, a tecnologia faz parte da vida das pessoas e o foco central das expectativas dos negócios digitais passou a ser as soluções feitas para estas pessoas.