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Blog Dezembro/2014

A Terceira Onda da Internet Por Henrique Pufal em 09/12/2014 15:38

A Internet das Coisas está surgindo no horizonte como a terceira onda de desenvolvimento de produtos e soluções na era da Internet. Enquanto a primeira onda nos anos 90 conectou com linhas e cabos telefônicos cerca de 1 bilhão de pessoas, nos anos 2000 as tecnologias móveis conectaram outros 2 bilhões de pessoas, a Internet das Coisas tem potencial para conectar 50 bilhões de “coisas” à Internet, de acordo com estimativas de fabricantes.

O termo Internet das Coisas (IoT – Internet of Things) surgiu em 1999 no MIT (Massachusetts Institute of Technology), definindo a conexão de dispositivos à Internet desde objetos comuns à vida das pessoas, como pulseiras e carros, até sistemas trânsito e de iluminação das cidades, permitindo que este volume de informações seja agrupado e que estes dispositivos sejam gerenciados para aumentar a eficiência, permitindo novos serviços ou trazendo benefícios no bem estar das pessoas e na produtividade dos negócios.

Trazendo para o mundo prático, há anos já é possível controlar a temperatura de uma casa com a utilização de timers e termostatos. O que a Internet das Coisas se propõe a fazer é deixar este processo mais inteligente e eficiente, como por exemplo o seu smartphone “avisando” o ar-condicionado de forma automática que você vai chegar atrasado e que pode ele demorar um pouco mais para deixar a sua casa na temperatura desejada, evitando desperdício de energia.

Graças ao desenvolvimento tecnológico dos últimos anos, vários obstáculos foram removidos para que a Internet das Coisas se torne uma realidade:

  • Sensores Baratos – Nos últimos 10 anos, o preço de sensores caiu mais de 50%, chegando na faixa dos centavos de dólar.

  • Conectividade – Além da redução de custo da Internet, as tecnologias de WiFi e 3G/4G permitem uma conexão quase permanente a um custo aceitável.

  • Smartphones – Os aparelhos estão se tornando uma espécie de gerenciador pessoal da Internet das Coisas, servindo como controle remoto ou integrador para uma casa inteligente, carros conectados à Internet, ou dispositivos de acompanhamento de exercícios físicos e sinais vitais.

  • Processamento Barato – Os custos de processamento caíram cerca de 60 vezes nos últimos 10 anos, permitindo que os dispositivos não sejam apenas sensores conectados, mas inteligentes o suficiente para tomar decisões baseadas nos dados coletados ou recebidos.

  • Endereçamento IPv6 – A maioria dos usuários de Internet não sabe, mas o modelo atual de endereçamento IP (o que permite que cada computador ou dispositivo seja identificado na Internet) já se esgotou em vários países. O IPv4, baseado em endereços de 32 bits, permite a criação de “apenas” 4,3 bilhões de endereços únicos. Um novo modelo de endereçamento chamado de IPv6 vem sendo implementado gradualmente e vai permitir a criação de um número com 39 casas decimais (3,4 x 1038) de endereços. Algo que é difícil de imaginar, mas equivalente a dizer que cada grão de areia da Terra poderia ter seu endereço IP único.

Da mesma forma que as duas ondas anteriores da Internet geraram alterações profundas na economia e cases de sucesso, a Internet das Coisas vai criar negócios vencedores e deixar para trás as empresas que não tiverem habilidades para se adaptar a este mundo onde as coisas estão conectadas.

Resta ver quem será capaz de surfar esta onda.


Cada vez mais conectados Por Henrique Pufal em 01/12/2014 16:14

Um estudo recém divulgado pela consultoria ATKearney revelou alguns números muito interessantes sobre os hábitos de uso da Internet ao redor do mundo.

Foi realizada uma pesquisa com 10.000 usuários que se conectam à internet pelo menos 1 vez por semana, em 10 países diferentes, incluindo o Brasil.

Mais da metade dos entrevistados ao redor do mundo respondeu que acessa a Internet no mínimo 1 vez a cada hora do dia, enquanto acordado. No Brasil, este número é ainda maior, com 51% dos pesquisados online o dia todo e mais 20% que se conecta pelo menos 10 vezes ao dia.

E quais são as razões para termos usuários tão conectados?

Em primeiro lugar, o Brasil é o país da América Latina com a segunda maior taxa de penetração de smartphones na população, atrás apenas do México (que não fez parte desta pesquisa).

Com a disponibilidade de Internet através de empresas de telefonia fixa e celular e Provedores como o Sinosnet, mais de 100 milhões de brasileiros já possuem acesso à Internet.

O acesso a redes sociais é o principal motivador para a conexão em todos os países, sendo que o Brasil lidera esta lista com 58% do tempo de conexão.

Eis uma chance enorme para marcas, produtos e serviços, já que a pesquisa mostra que mais de 2/3 das pessoas com menos de 35 anos frequentemente baseia a sua decisão de compra no que acontece nas suas redes sociais. Porém, o Brasil é um dos países em que os usuários passam menos tempo conectados fazendo compras, apesar de 64% dos brasileiros declararem preferir efetuar compras online do que em lojas físicas, um número acima da média dos demais países pesquisados (54%).

Enfim, é um mercado novo e complexo, cheio de riscos e oportunidades. Para ter sucesso é preciso ouvir e entender o consumidor em todos os canais possíveis.


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