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Blog Outubro/2017

tendências para o futuro do cenário digital Por Henrique Pufal em 30/10/2017 10:56

(Comentário no programa ABC News da Radio ABC, no dia 30/10/17)

Já falamos diversas vezes o quanto a tecnologia e a internet mudaram o comportamento e a cultura das pessoas. As novas tecnologias estão chegando de forma mais rápida do que a maioria das pessoas e empresas consegue acompanhar. Nas empresas, o desafio é ainda maior porque antes mesmo de adotarmos alguma inovação, outras duas surgem.

Empresas de tecnologia que existiam há 5 anos, praticamente sumiram do mercado. Por exemplo a Blackberry e a Nokia. Por outro lado, empresas de sucesso hoje estavam recém engatinhando há 5 anos, como o Waze, que foi comprada pelo Google em 2013.

Temos que nos acostumar com este mundo novo onde as coisas mudam o tempo todo. Um mundo onde nós, profissionais, precisamos estar atualizados, um mundo onde nossas empresas estão constantemente tendo que se modernizar para lidar com a competição ou com os novos hábitos de consumo das pessoas. Um mundo onde vamos criar os nossos filhos e queremos que seja melhor.

Na última semana o Gartner, uma das maiores empresas do mundo em consultoria de tecnologia e que é especializada em previsões para o futuro, divulgou uma lista com algumas tendências de tecnologia para os próximos 5 anos.

Seguem algumas destas previsões:

- Até 2020, as tecnologias de Internet das Coisas (IoT) estará em 95% dos eletrônicos

A combinação de gerenciamento de smartphones, computação em nuvem e chips baratos oferece oferece a possibilidade de incluir monitoramento, gerenciamento e controle sofisticados com um custo adicional mínimo nos dispositivos-chave. O interesse e a demanda por produtos habilitados para IoT crescerão rapidamente como bola de neve.

- Em 2021, as marcas pioneiras que redesenharem seus sites para suportar pesquisas visuais e de voz aumentarão as receitas de comércio digital em 30%

Os assistentes pessoais, sejam no smartphone, como em dispositivos para as casas já são uma realidade e funcionam cada vez melhor. As consultas baseadas em pesquisa de voz e visual melhoram a compreensão dos interesses e intenções dos consumidores pelos comerciantes. A previsão é que a demanda dos consumidores de dispositivos de voz – incorporada por produtos como Amazon Echo e Google Home – deverá gerar US$ 3,5 bilhões até 2021. As marcas que souberem lidar com esse mercado vão se diferenciar.

- Até 2020, cinco dos sete principais gigantes digitais irão se "autodestruir" intencionalmente para criar suas próximas oportunidades de liderança

Já conversamos sobre o poder das grandes empresas de Internet e a concentração que o mercado criou na mão destas empresas. Empresas com Amazon, Google, Facebook dominam setores inteiros, mas acabam tendo dificuldade de lançar coisas novas, porque suas influências tenham crescido tanto que é difícil criar novos cenários de valor. Em uma estratégia de autointerrupção, a mudança surge como intenção proposital de chegar primeiro, mesmo que seja necessário destruir-se. Embora isso possa ser arriscado, o risco de estagnação pode ser ainda maior.

- Até 2022, a maioria das pessoas em economias maduras consumirá mais informações falsas do que verdadeiras

"Fake News" (notícias falsas) tornaram-se um grande tema político e de mídia mundial em 2017. Para as organizações, essa aceleração do conteúdo em um discurso dominado por mídias sociais apresenta um problema real. As empresas precisam não apenas monitorar de perto o que está sendo dito sobre suas marcas diretamente, mas também em quais contextos, para garantir que elas não estejam associadas a conteúdos prejudiciais ao valor de sua marca.

Se vocês tiverem interesse em ler mais sobre o assunto, segue o link com a matéria completa que fala também de outras tendências como  criptomoedas, realidade virtual e inteligência artificial.


Falha de segurança no Wi-Fi deixa as redes vulneráveis, mas não criemos pânico. Por Henrique Pufal em 23/10/2017 10:41

(Comentário no programa ABC News da Radio ABC, no dia 23/10/17)

Há cerca de 1 semana, um especialista em segurança de uma Universidade da Bélgica divulgou uma falha em um protocolo de segurança usado em praticamente todas as redes Wi-Fi do mundo. De acordo com este especialista a vulnerabilidade está no próprio padrão Wi-Fi, ou seja é independente do sistema operacional e do dispositivo.

E é justamente isto que mais preocupa, pois tem um potencial de impacto global em tipo de rede utilizada em larga escala.

Este ataque se baseia na reinstalação de uma chave de criptografia do protocolo de segurança WPA. Este tipo de potencial ataque vem sendo chamado de KRACK.

As chaves de criptografia são o que permitem que a comunicação seja “embaralhada” na origem e “desembaralhada” no destino e parte de premissa de que apenas origem e destino conhecem a chave correta. No momento em que alguém consegue interceptar essa chave, ou mesmo gerar essa chave, os dados trafegados na rede se tornam vulneráveis. Isso pode ser usado para roubar informações sensíveis como números de cartões de crédito, senhas, mensagens trocadas, e-mails, fotos e outros dados

Mas antes de entrar em pânico é importante entender algumas particularidades deste risco sobre as redes WiFi:

  1. Para realizar o ataque, o hacker precisa estar próximo do alvo, já que o Wi-Fi tem cobertura limitada.
  2. Existem camadas adicionais de segurança na internet. A grande maioria de sites de bancos e lojas virtuais utilizam um tipo de site seguro, que normalmente identificamos como o “https”, que torna a comunicação imune a esta falha do WiFi. O próprio Whatsapp se utiliza de uma criptografia fim-a-fim na sua comunicação. E assim vários outros aplicativos e sites contam com esta segurança adicional.

Em comunicado, a Wi-Fi Alliance que é a entidade que reúne todos os fabricantes de dispositivos com WiFI e define as regras, padrões e protocolos desta tecnologia afirma que a vulnerabilidade pode ser resolvida pela atualização de softwares, e vários fabricantes já começaram a enviar atualizações para os usuários. Além disso, novos dispositivos já vão ser testados para essa vulnerabilidade e só serão certificados se passarem no teste. Além disso, a organização afirma que não existe evidência que a vulnerabilidade foi explorada de forma maliciosa.

Por fim, ficam as recomendações:

  • Ficar atento a atualizações de sistemas operacionais de computadores e dispositivos
  • Sempre utilizar sites confiáveis e seguros para realizar operações de compras ou transferência de informações sensíveis.

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